“Quem é capaz de distinguir os próprios erros? Absolve-me das falhas que me são ocultas. Livra teu servo dos pecados intencionais! Não permitas que me controlem. Então serei inculpável e inocente de grande pecado.” (Salmo 19:12-13)
Davi, o autor deste salmo, expressa sua frustração pela incapacidade de aplicar sua vida totalmente de acordo com o plano revelado de Deus. Ele reconhece e pede perdão de Deus por seu fracasso e também pede força para evitar padrões habituais de pecado e rejeição intencional dos mandamentos de Deus.
“Falhas ocultas” são pecados cometidos em ignorância ou sem conhecimento. Portanto, é importante ser o mais específico possível quando buscamos o perdão de Deus, já que o pecado cria uma barreira entre nós e Deus.
Quando Jesus começou Seu ministério, Suas primeiras palavras foram: “Chegou a hora! O reino de Deus está próximo. Mudem a sua forma de pensar e de viver, e acreditem nas Boas Novas” (Marcos 1:15). E quais são as Boas Novas? “Pois Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho único, para que todo o que Nele crê não morra, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Sabemos que a conseqüência do pecado é a morte, como as Escrituras nos ensinam: “Pois o salário que o pecado paga é a morte, mas o presente gratuito dado por Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 6:23).
Levítico 5:17-19 fala de indivíduos que cometem pecados ocultos não intencionais de “ignorância”. Os pecados ocultos não intencionais são falados por Davi no Salmo 19:12: “Quem é capaz de distinguir os próprios erros? Absolve-me das falhas que me são ocultas. ” Nossos pecados ocultos podem ser óbvios para as pessoas que nos conhecem, mas estão escondidas de nossa consciência; portanto, se tivermos alguém que nos ama e em quem podemos confiar devemos perguntar se eles veem algum pecado oculto em nós para que possamos acertar-los com Deus, e com aqueles que provavelmente estamos ofendendo.
A conseqüência de suprimir a verdade habitualmente resulta em que Deus deixa que o pecador tenha “desejos pecaminosos em seu coração”, “ paixões infames” e “uma mente depravada” (Romanos 1:24, 26, 28). Isso significa que Deus pode permitir que o pecador sirva como seu próprio deus e colher a destruição de seu corpo e alma. É uma coisa assustadora ser “entregado” aos nossos próprios modos destrutivos come Hebreus 10:31 diz, “Terrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo!”
Deus deixou claro que “a alma que peca morrerá” (Ezequiel 18:4). Aqueles que habitualmente vivem sua vida fora de Cristo, mas foram convencidos pelo Evangelho de Cristo, devem seguir o exemplo dos primeiros convertidos da Igreja que, “Ao ouvirem aquilo, sentiram um profundo remorso e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: O que devemos fazer então, irmãos? Pedro lhes disse: Mudem o seu comportamento e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados de vocês. Então receberão um presente de Deus: o Espírito Santo” (Atos 2:37-38).
David cometeu um pecado intencional quando cometeu adultério com Bate-Seba e ela engravidou. Depois ele matou o marido para encobrir seu pecado (2 Samuel 11).
Em Números 15, a lei descreveu as ações a serem tomadas para pecados conscientemente cometidos.“Mas todo aquele que pecar com atitude desafiadora,… insulta o Senhor, e será eliminado do meio do seu povo. Por ter desprezado a palavra do Senhor e quebrado os seus mandamentos, terá que ser eliminado; sua culpa estará sobre ele” (Números 15:30–31).
Pecados intencionais são deliberados. Eles são cometidos com o pleno conhecimento de que são pecados e em plena consciência do que Deus disse que não devemos fazer. Pecados intencionais são premeditados e a intenção de pecar é intensamente deliberada antes do ato. Os pecados intencionais só podem ser cometidos quando a consciência é suprimida e uma pessoa intencionalmente faz isso e nada vai detê-lo, ela vai e comete o pecado.
Em outras palavras, o pecado intencional é cometido em direta contradição com o que uma pessoa sabe que é a verdade. É por isso que David ora: “Não permitas que me controlem. Então serei inculpável e inocente de grande pecado” (Salmo 19:13).
A menos que pedimos a Deus que nos restrinja, nosso coração pode se encher de desprezo orgulhoso e insolente contra Deus. Portanto, como Davi, devemos humildemente pedir proteção a Deus de ambos os tipos de pecados. Que nosso Senhor nos conceda sabedoria para reconhecer o desafio dentro de nós e força para resistir à nossa tendência humana ao pecado.
Consequentemente, se somos propensos ao pecado, devemos aprender a orar como Davi fez no Salmo 139:23-24: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo Te ofende, e dirige-me pelo caminho eterno.”
E Hebreus 5:12-14 nos mostra que quanto mais conhecemos a palavra escrita de Deus, mais fácil seremos capazes de distinguir o bem e o mal em nossa vida. Portanto, “Como filhos obedientes, não se deixem amoldar pelos maus desejos de outrora, quando viviam na ignorância. Mas, assim como é santo Aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: “Sejam santos, porque Eu sou santo” (1 Pedro 1:14-16).
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